- Ano: 2008
-
Fotografias:Tim Hursley, Jeffery Jacobs
Descrição enviada pela equipe de projeto. A casa foi essencialmente projetada para uma pessoa com três requisitos específicos: (1) Ela queria "algo dramático"; (2) ela queria se sentir "como se vivesse em árvores"; e (3) ela queria que a casa fosse totalmente desprovida de ornamentação desnecessária em um nível em que ela pudesse ver marcas da construção, de parafusos expostos à estrutura "inacabada" da cobertura. O terreno é íngreme, voltado para o Norte, 24 metros acima de Crabtree Creek, sombreado por uma floresta de carvalhos e faias de 150 anos. O riacho escavou a escarpa por milhões de anos, o que imediatamente sugere uma área ecologicamente sensível. Sabíamos que precisaríamos construir sobre ela com cuidado.
Para dar à proprietária um abrigo que se coloca levemente sobre o local sensível, pousamos a casa sobre nove treliças de madeiras largas, sem cortar nenhuma árvore principal. As treliças permitem que o ar e a água transitem sob a casa, preservando a hidrologia da escarpa. Criamos um grande telhado borboleta para abrir vistas ao norte para o riacho, e para canalizar a água da chuva em um sistema de coleta no lado sul. A entrada da casa é uma progressão do topo da colina através de uma ponte, em um foyer na varanda, altura em que o drama da paisagem exterior enche o interior através de paredes de vidro de dois andares, do piso ao teto, de face norte. A partir da varanda, uma graciosa escada de aço com degraus em madeira desce na sequência do vidro (em essência, através das árvores) até a dramática sala principal de pé direito duplo que, por sua vez, abre em direção a um terraço sul ensolarado e parcialmente isolado abaixo da ponte.
Em todos os momentos a casa é preenchida por uma vista da natureza, e durante o dia é salpicada de luz. Pendentes do telhado estendem uma ligação visual com o exterior e sombreiam o vidro. Pilares e vigas de madeira laminada, claramente apoiadas, reforçam a presença da natureza adicionando um elemento de aconchego ao interior, e ecoando as árvores adiante. As vigas do telhado buscam o céu como galhos de árvores.
Arranjo cuidadoso de vidros, até nas áreas mais privadas voltadas para a rua, mantem a sensação de transparência e delicadeza. Isso continua ao longo do interior: paredes divisórias entre os quartos terminam antes de chegar à madeira da cobertura e portas de correr com painéis centrais foscos lembram divisórias japonesas. O pavimento da varanda inclui a suíte principal e o pavimento principal inclui o espaços de estar/jantar e cozinha (abertos um para o outro), outro dormitório, e um espaço adicional aconchegante que a proprietária usa como sala multimídia.
A força da estrutura em madeira se contrapõe à delicadeza do entorno, emoldurando a vastidão da natureza e contrastando-a com a intimidade da casa. A estrutura da casa em madeira composta (PSL, parallel strand lumber) conserva os recursos florestais. Armação e acabamento são colhidos localmente, pinheiro amarelo do sul. Do lado de fora à noite, a casa aparece como uma frágil tenda luminosa embalada pela floresta.